peixota propõe discussão sobre aplicativos de relacionamento LGBTQIA+ em novo single
assessoria de imprensa para o cantor mineiro peixota (2020)
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Em tempos de isolamento social, as conversas em apps como Tinder aumentaram cerca de 25%. O Grindr, destinado ao público LGBTQIA+, adicionou novas funções como chamadas de vídeo e grupos temáticos. O aplicativo em questão é majoritariamente utilizado por homens gays cis e é muito comum encontrar perfis descritos com textos como "não curto afeminada", discursando sigilo e discrição como essenciais para se manter contato. É esse machismo estrutural que discrimina tudo que é ou soa "feminino" que Peixota critica em seu novo single, Aplicativo, lançado na última sexta-feira (25).
Por meio do brega funk, trocadilhos e uma roupagem musical de humor e lirismo, a artista faz um alerta para problemas existentes dentro da própria bandeira, como a reprodução de relações heteronormativas e a hipersexualização dos corpos. "Além disso, falas racistas aparecem com frequência, justamente por muitos usuários buscarem um 'padrão' (branco, magro e masculino)", aponta Peixota.
Todas as questões apontadas acima também estão sendo colocadas em pauta por meio de outros conteúdos nas redes da artista, como entrevistas e lives. A urgência do tema é latente, e a música, para Peixota, serve como um pontapé para abrir espaço de debate horizontal e potencial transformador.
Produzida pelo músico e produtor BAKA(Rosa Neon, Aíla, Velejante), Aplicativo foi masterizada por Felipe Tichauer(Christina Aguilera, J Balvin, Elza Soares) e o videoclipe de animação já está disponível no Youtube. O lançamento tem o apoio do selo MangoLab (Julio Secchin, Heavy Baile, Biltre).